segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Espanha: faculdades ocupadas contra a aplicação do processo de Bolonha (Público)

Na ESCS, como em todas as faculdades do nosso país, os cursos superiores sofreram enormes alterações nos últimos dois anos. O Processo de Bolonha foi-nos imposto, sem qualquer discussão e com toda a impunidade. Em Espanha não está a ser assim tão fácil...
A notícia (adaptada) é do Público.

"Ao som da palavra de ordem “avalancha” os estudantes em Espanha têm ocupado nas últimas semanas várias faculdades e exigem que seja aberto o debate em torno do Processo de Bolonha.

É difícil saber ao certo quantas faculdades estão encerradas, porque o número de estudantes em luta e os edíficios ocupados aumenta a cada dia que passa. Pelas salas e corredores, há sacos-cama e colchões prontos a servir de camas improvisadas às centenas de estudantes que aí têm passado a noite.

Hoje, numa carta ao Governo espanhol, os reitores das cinco universidades afectadas afirmaram que este “não é um fenómeno passageiro” e acrescentam “o movimento anti-Bolonha não está a desvanecer-se, senão a crescer e pode ter consequências imprevisíveis”.

As acções de protesto contra a Declaração de Bolonha, assinada em 1999 por 29 países, não são de agora. Um pouco por toda a Europa, incluindo Portugal, as vozes contra o modelo têm-se ouvido mas com intensidades diferentes. Sob o lema de facilitar a homologação de títulos no sistema universitário europeu e a mobilidade de alunos e professores, a implementação do projecto tem sido sempre apresentada como inevitável para a modernização das instituições de Ensino Superior.

No entanto, os estudantes espanhóis recusam-se a pensar da mesma maneira. Os alunos argumentam que o processo vai conduzir à privatização das Universidades; ao aumento das propinas – com a necessidade de fazer pós-graduações e mestrados, face à redução dos anos de licenciatura –; e que muitos cursos estão mesmo em risco de acabar, uma vez que a rentabilidade (em termos de emprego e investigação) passa a ser definida pelas necessidades do mercado."

Para conhecer e reflectir sobre o Processo de Bolonha

Vídeo sobre os protestos em Espanha

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

5ª feira, tertúlia sobre jornalismo de investigação

É com imenso prazer que a Youth Press Portugal celebra a sua 10ª Tertúlia do Jornalismo.

Jornalismo de Investigação em Portugal
com os jornalistas Paulo Moura (Público) e Ricardo Fonseca (Visão)

Local: Sindicato dos Jornalistas, perto da saída do metro Baixa-Chiado

Hora: 21h30

Entrada livre!
Vem Tertuliar Connosco!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Amanhã, diz não ao Orçamento de Estado!

Amanhã, 4ª feira, o Orçamento de Estado para 2009 vai ser aprovado na Assembleia da República pela maioria do Partido Socialista.
Os estudantes vão manifestar-se contra o sub-financiamento do Ensino Superior e contra a situação de ruptura financeira em que se encontram várias universidades do país.
11h - manifestação em frente à Assembleia da República
14h - acção de protesto simbólico em frente à reitoria da Universidade de Lisboa: "Vem de luto à abertura do ano académico!"
Aparece!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vem aí o Orçamento de Estado para 2009!


"O Ensino Superior vai ser a grande aposta do governo para o próximo ano". "Depois de vários anos de desinvestimento, finalmente as verbas vão ser aumentadas." Assim prometia Mariano Gago há alguns meses.
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O Orçamento de Estado para 2009 vai ser aprovado esta 4ª feira na Assembleia da República. Dia trágico para o ensino superior! Segundo o governo, o investimento nas universidades aumenta de facto 8%. Mas se subtraírmos o aumento das despesas, também imposto pelo governo, os números são um pouco... diferentes.
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A Universidade de Lisboa (UL), com um aumento real de 2%, está a beira da bancarrota. O Senado da UL já disse que a situação é "dramática" e acusou o governo de estar a comercializar o ensino. Mas não é a única: metade das universidades públicas portuguesas está em ruptura financeira. Não sabem como pagar os salários de Dezembro.
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O nosso IPL também vai receber um aumento de apenas 2% (menor do que a inflação!), o que vai agravar os já difíceis problemas financeiros. Ainda no ano passado os professores da ESCS estiveram em risco de ficar sem receber.
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Já o ISCTE, que iniciou o caminho da privatização através da passagem a "Fundação Pública de Direito Privado", será abençoado com um aumento de 23% nas verbas.
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Sobretudo desde 2005, tem havido cortes atrás de cortes no ensino superior. Hoje, o Estado portugês gasta por aluno metade da média da União Europeia. Mas calma: para compensar as nossas propinas são três vezes mais altas.
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Impõem-nos este caminho em que as universidades, sem dinheiro, se vão tornando em empresas de venda de canudos. Mas nós queremos um ensino superior público, de qualidade e acessivel a qualquer pessoa, independentemente do dinheiro que possa ter nos bolsos. Por isso exigimos mais investimento do Estado. E não vamos aceitar este orçamento!
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A Farpa vai recolher assinaturas para um abaixo-assinado que foi elaborado por todas a associações de estudantes da UL, para ser entregue na Assembleia da República. Esta 3ª feira à hora de almoço estamos pelo refeitório e pelos bares. Contamos com a tua participação!
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A Farpa
Se formos apenas mais uma escola, seremos uma escola a mais.

Debate na Nova!


O desinvestimento público no ensino superior denunciado...